Você sabia que, quando não tratada, a catarata pode levar à cegueira? E que a cirurgia pode mostrar resultados em 24 horas? Abaixo, você esclarece essas e muitas outras dúvidas sobre a doença.
1- A catarata pode cegar?
Sim. Caso a doença evolua, pode provocar a perda total de visão. A catarata, inclusive, é considerada a principal causa de cegueira reversível no Brasil e no mundo, especialmente em pessoas com mais de 60 anos.
2- Quais são as conseqüências de não procurar tratamento logo no início da doença?
O avanço da doença pode tornar o tratamento cirúrgico mais traumático, comprometendo a recuperação imediata da visão. Além disso, a catarata passa a atrapalhar a realização de tarefas rotineiras do paciente, podendo, inclusive, levar à cegueira. Hoje em dia, com o grande aporte tecnológico incorporado aos procedimentos médicos, não existem motivos para adiar a cirurgia. Ela é realizada em regime de alta imediata. Logo após o procedimento cirúrgico, o paciente recebe alta e convalesce em casa.
3- Óculos de grau podem resolver o problema dependendo do estágio da doença?
Os óculos e até mesmo as lentes de contato podem ajudar a enxergar melhor. Porém, os sintomas típicos da doença, como as alterações na qualidade da visão e das cores, e a adaptação ao claro e escuro, comprometem as formas do que você vê.
4- Quais os exames são os responsáveis pelo diagnóstico da catarata?
O exame oftalmológico de rotina é capaz de relacionar a acuidade visual com o grau de opacificação do cristalino. Outros exames mais modernos, como a tomografia do segmento anterior do globo ocular e o teste de sensibilidade ao contraste, podem auxiliar no diagnóstico. Com o avançar da idade, além dos periódicos exames de refração e de motilidade ocular, é necessário realizar o exame de fundo de olho com mapeamento da retina. O exame permite o estudo de toda a superfície retiniana, em particular da região periférica, que não pode ser observada pela oftalmoscopia convencional. Já a biomicroscopia do segmento anterior é fundamental para a detecção precoce da presença, localização e extensão das opacidades cristalinianas, e ainda, para a revelação de possíveis fragilidades do cristalino. Outro exame essencial é a tonometria, capaz de rastrear o aparecimento do glaucoma.
5- Tais exames devem ser feitos de quanto em quanto tempo e a partir de que idade?
A visita anual ao oftalmologista é a chave do diagnóstico precoce da catarata. A partir dos 40 anos, fazer o exame clínico do olho, periodicamente, é ainda mais importante. Além de permitir a descoberta de problemas facilmente contornáveis com o uso de óculos, a visita ao oftalmologista pode impedir o avanço da doença.
6- Alguns sintomas também são capazes de alertar para a presença da catarata? Quais?
Sintomas que comprometem a qualidade da visão, como fotofobia e ofuscamento, podem indicar a catarata. Isso porque a doença é caracterizada pela opacificação da lente interna do olho, chamada de cristalino, responsável por focar as imagens na retina. Com a opacificação desta lente, as imagens captadas pelo olho perdem sua nitidez e a sensação é como se houvesse uma névoa diante dos olhos. Em seu estágio inicial, a catarata causa uma perda discreta da qualidade visual, alterando as cores, que se apresentam mais desbotadas. À medida que a doença avança, a visão fica mais turva e embaçada, prejudicando atividades comuns, como a leitura, o caminhar e assistir à televisão.
7- A catarata atinge os dois olhos ao mesmo tempo ou ela pode se apresentar apenas em um deles?
Na maioria dos casos, a catarata se apresenta nos dois olhos. Mas, é muito comum que a piora seja assimétrica. Por isso é importante planejar a cirurgia para ambos os olhos.
8- Todo idoso sofre com a catarata em algum momento da vida?
Sim. No entanto, nem todos apresentarão queixas sobre a visão e nem sempre precisarão passar por um processo cirúrgico. Vale lembrar que os cuidados com a visão devem ser redobrados com o passar dos anos.
Fontes: Virgilio Centurion e Marcelo Morgado
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