Responsável Técnico - Dr. Laércio Braz Ghisi

O EXAME OFTALMOLÓGICO NA CRIANÇA

O Exame Oftalmológico na Criaça

Deficiência visual é a diminuição total ou parcial da capacidade da visão. Só o médico poderá avaliar o grau de deficiência, através de exames.

Toda a criança deve ser submetida a um exame oftalmológico antes dos 6 anos de idade. Isso porque existe o risco de haver deficiência visual sem a criança se queixar ou os pais perceberem alguma alteração. Caso não seja tratada a tempo, poderá perder sua visão. Denomina-se essa alteração de AMBLIOPIA (olho preguiçoso) e um tratamento adequado e na época oportuna pode recuperar a visão da criança. Daí a necessidade de se fazer exame na criança até essa faixa etária. 

Porém, às vezes, a criança apresenta sintomas e os pais observam sinais que chamam atenção. Também aí, devem encaminhar as crianças para um exame. 

O sintomas mais comuns apresentados são: 

  • Dor de cabeça durante ou após esforços visuais;
  • Visão embaçada, confusa;
  • Franzir a testa ao olhar para longe;
  • Sensibilidade excessiva à luz; 
  • Aproximar-se muito dos livros ou caderno para ler.

Os sinais perceptíveis aos responsáveis e que com maior frequência aparecem são:

  • Piscar excessivamente;
  • Lacrimejamento; 
  • Apertar os olhos e esfregá-los;
  • Estrabismo (olho vesgo); 
  • Criança com falta de interesse pela leitura;
  • Irritabilidade;
  • Pupila (menina dos olhos).

Cabe ressaltar os problemas de “pupila branca” e “estrabismo”. A pupila branca comumente revela a presença de doença e a mais frequente é a catarata congênita. O tratamento é a cirurgia, que deve ser precoce para que a criança possa desenvolver a visão. O estrabismo (olho vesgo, torto) é uma doença que deve ser acompanhada desde cedo pelo oftalmologista para que, com o tratamento adequado (óculos, oclusões, cirurgia, etc…), possa recuperar a visão da criança. É comum crianças não realizarem o tratamento adequado e não desenvolver a visão em toda a sua plenitude, levando ao quadro de AMBLIOPIA. 

Um outro tópico que merece atenção relaciona-se aos acidentes domésticos, adotando medidas para tornar o ambiente em casa seguro, impedindo que as crianças tenham acesso a objetos pontiagudos e brinquedos perigosos. Pinças, agulhas, tesouras, pregos e chaves de fenda são frequentes causas de traumatismos com perfuração ocular e, não raro, perda da visão.

Assim sendo, podemos resumir como cuidados gerais para preservar e desenvolver a visão nas crianças de qualquer idade;

  1. O exame oftalmológico pode ser realizado em qualquer idade;
  2. O oftalmologista dispõe de métodos para avaliação da acuidade visual de uma criança, mesmo que ela não coopere com o exame, fato natural pela idade;
  3. Não há idade para o início do uso de óculos e, em alguns casos, necessita-se usá-los desde muito cedo; 
  4. Quando o uso dos óculos é necessário para a criança, o tratamento só terá sucesso se houver a colaboração dos pais, incentivando-a para o correto uso;
  5. Toda a criança com estrabismo deve ser acompanhada pelo oftalmologista. Do mesmo modo, as portadoras de catarata e glaucoma congênito. 
  6. A prevenção ainda é o melhor remédio. 

 

Referências 

 

Escrito por: Dr Laércio  Braz Ghisi oftalmologista – CRM/SC 1707

 

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